Painting Sensations
Unveiling the Visual Rhetoric of Pathos in Bacon’s Images Through the Lens of Deleuze’s Transcendental Empiricism
DOI:
https://doi.org/10.31211/interacoes.n45.2023.a5Palavras-chave:
Francis Bacon, Imagem-sensação, Pathos, Retórica visual, SignoResumo
Pintando sensações: Desvendando a Retórica Visual do Pathos nas Imagens de Bacon Através da Perspectiva do Empirismo Transcendental de Deleuze
As pinturas de Bacon são imagens-sensações, uma arte figurativa que compõe uma retórica visual do pathos. É uma retórica de sensações centrada nos efeitos dos signos visuais sobre os espectadores/observadores. O pathos é algo perceptivo e sensível que acontece nos espectadores/observadores; é impulsionado, incitado, provocado pelas imagens de Bacon. O pathos é causado indistintamente pelo uso intencional e estratégico de uma linguagem visual. Os significados dos signos visuais são formados a priori e transmitidos da forma mais clara possível em referência a uma determinada situação, atividade, evento, realidade/mundo. Se assim é, o uso da retórica é enfático para explorar o pathos instigado pelas imagens-sensações de Bacon. Seguindo uma abordagem teórica e conceptual e através da perspectiva de Deleuze, pretende-se mostrar o poder da retórica visual na provocação de sensações e problematizar a representação e relato da realidade como um processo em mudança através de signos/imagens. Isto é demonstrado pelas imagens-sensações de Bacon e pela perspectiva do empirismo transcendental de Deleuze. Numa perspectiva semiótica, as pinturas de Bacon são uma ancoragem perfeita para compreender a influência de uma linguagem estética e da prática da imagem como recurso retórico visual, que amplificam o pathos.
Referências
Aristotle. (2004). The art of rhetoric. Penguin Classics.
Augustin. (1991). De dialectica. Humanitas.
Barthes, R. (1977). Image-music-text. Fontana Press.
Barthes, R. (1982). Camera lucida: Reflections on photography. Hill & Wang.
Barthes, R. (1988). The semiotic challenge. Basil Blackwell.
Barthes, R. (1991). Mythologies. The Noonday Press.
Berkeley, G. (1999). Principles of human knowledge. Oxford University Press.
Deleuze, G. (1968). Différence et répetition. Presses Universitaires de France.
Deleuze, G. (1969). Logique du sens. Les Éditions de Minuit.
Deleuze, G. (2003a). Francis Bacon: The logic of sensation. Continuum.
Deleuze, G. (2003b). Proust e os signos. Forense Universitária.
Deleuze, G. (2014). Proust et les signs. Presse Universitaire de France.
Eco, U. (1986). Semiotics and the philosophy of language. Indiana University Press.
Ficacci, L. (2007). Francis Bacon. Taschen.
Hinton, D. (Director). (1985). South Bank Show: Francis Bacon. [Documentary].
Lotz, C. (2009). Representation or sensation? A critique of Deleuze’s philosophy of painting. Canadian Journal for Continental Philosophy (13-1), 59-73.
Meyer, M., Carrilho, M. M., Timmermans, B. (1999). Histoire de la rhétorique: Des grecs à nos jours. Librairie Générale Française.
Ogden, C. K. & Richards, I. A. (1923). The meaning of meaning. A Harvest Book.
Peirce, C. (1978). Collected papers. (5 vols.). Harvard University Press.
Peters, F. E. (1967). Greek philosophical terms: A historical lexicon. New York University Press.
Plato. (1997). Phaedrus. Cambridge University Press.
Plato. (2004). Gorgias. Penguin Classics.
Ricoeur, P. (1959). Le symbole donne à penser. Esprit (27/7-8), pp. 60-76.
Ricoeur, P. (1988). O conflito das interpretações. Rés-Editora.
Ricoeur, P. (2013). A simbólica do mal. Edições 70.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Paulo Barroso
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os direitos autorais dos trabalhos publicados são retidos pelo autor que outorga à Interações o direito de publicação original. O artigo publicado pode ser utilizado livremente para fins educacionais, não comerciais, em conformidade com a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, contando que seja citado o autor, o título do artigo, o título e número da revista conjuntamente com o URL ou DOI do artigo.
